quinta-feira, 22 de novembro de 2007

PORTAS DA MINHA VIDA. PORTAS DA MINHA VIDA. Portas trancadas. Dias demoram a passar. Elas jogam suas chaves nas bolsas de lixo. Partem. Não gostam de abri-las. Que idade elas tem? Nascimento. Cópula. Morte. O que há. Na minha casa, essa exibição parece metafísica. Não se pode fechar o infechável. Porta específica. Sim, falo de uma porta específica. A mais velha. A influenciar as outras. Para esta, o obvio, é imbecil. Ela se tranca. À porta, enquanto mulher, trancando sua hierarquia. Não podemos trancar hierarquia. Pode-se vê-la à distância. Fechar, nunca! Não modesta opinião. Observo. Não podemos chorar só. Porta não ouve. Abrir ou fechar a porta faz parte do pensamento cada um Particularmente. Não agüento ouvir os setecentos e vinte graus das chaves a girar no metal frio. Para direita. Para esquerda. Abrindo. Fechando. Dia após dia. Esquerda. Direita. Fechando. Abrindo. Sim. Chaves. Sempre nos chaveiros. Balançam metalicamente. Agudamente. Batendo umas as outras. Não podemos fechar o que não abre. Não podemos abrir o que não fecha. Tentar mudar a porta especifica. Não adianta. Velha porta vive trancada. Assim morrerá. Pablo Treuffar

Um comentário:

Pablo Treuffar disse...

Fico muito honrado de ter um texto meu no seu blog

Bjs